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.Achei interessante este comentário de André Martins sobre o livro Nietzsche, o filósofo da suspeita de Scarlett Marton.
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"O paradoxo de Nietzsche, que deve ser mantido por quem decide estudá-lo, é que a rigorosa exegese de seu texto se coaduna com a íntima convicção de que, nas palavras de Marton, “a filosofia não se identifica com um domínio específico do saber ou uma determinada área do conhecimento”, tampouco “com a arte de argumentar” ou “com uma reunião de idéias dogmáticas”. Conhecer Nietzsche implica no desafio de apreender a riqueza de sua contribuição ao mesmo tempo em que se leva a sério esta mesma contribuição no que a filosofia de Nietzsche se propõe a ser uma filosofia experimental, vivida, intensa, assistemática e criativa. E junto a isso, um pensamento coerente, de uma coerência que não se cola ao princípio de não-contradição em seu sentido formal, o que força o leitor a de fato entender o que está sendo dito. Neste mesmo sentido, Marton relembra ainda que Nietzsche não se limita a desconstruir os valores estabelecidos, mas se empenha na construção de uma nova visão de mundo, de uma nova maneira de valorar e de se afetar. Pensar com rigor, porém junto ao mundo, como parte da natureza e tomando parte na cultura, é o desafio que Nietzsche nos lega". (Para ler na íntegra: http://tragica.org/artigos/v3n2/andre.pdf).
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"O paradoxo de Nietzsche, que deve ser mantido por quem decide estudá-lo, é que a rigorosa exegese de seu texto se coaduna com a íntima convicção de que, nas palavras de Marton, “a filosofia não se identifica com um domínio específico do saber ou uma determinada área do conhecimento”, tampouco “com a arte de argumentar” ou “com uma reunião de idéias dogmáticas”. Conhecer Nietzsche implica no desafio de apreender a riqueza de sua contribuição ao mesmo tempo em que se leva a sério esta mesma contribuição no que a filosofia de Nietzsche se propõe a ser uma filosofia experimental, vivida, intensa, assistemática e criativa. E junto a isso, um pensamento coerente, de uma coerência que não se cola ao princípio de não-contradição em seu sentido formal, o que força o leitor a de fato entender o que está sendo dito. Neste mesmo sentido, Marton relembra ainda que Nietzsche não se limita a desconstruir os valores estabelecidos, mas se empenha na construção de uma nova visão de mundo, de uma nova maneira de valorar e de se afetar. Pensar com rigor, porém junto ao mundo, como parte da natureza e tomando parte na cultura, é o desafio que Nietzsche nos lega". (Para ler na íntegra: http://tragica.org/artigos/v3n2/andre.pdf).
- Disponível em: Revista Trágica: estudos sobre Nietzsche. Rio de Janeiro, Vol. 3, Nº. 2, 2º Sem. de 2010 (http://www.tragica.org/lastedition/).
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